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O orientador

Ao longo das nossas matérias, temos falado de algumas responsabilidades que envolvem a graduação e se estendem à pós-graduação. Hoje, vamos falar sobre um personagem que – ora ou outra – pode se tornar o protagonista da sua vida acadêmica: O orientador/A orientadora….

Na 4a Matéria da série, falamos um pouco sobre o contato com o(a) “possível” orientador(a), pensando em um processo seletivo para Mestrado/Doutorado. Porém, já na graduação, nós precisamos encontrar um(a) orientador(a) para que possamos fazer nosso famoso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Essa jornada não é fácil – talvez seja para alguns que já se identificaram com algum(a) professor(a), linha de pesquisa ou trabalhos que ele(a) desenvolve além das atividades de ensino. 

Antes de mais nada, precisamos pontuar que a motivação é algo fundamental para desenvolver um trabalho acadêmico e não existe motivação melhor do que fazer o que gosta – o que já pode ser difícil. Ao delimitar minimamente o tema que você quer estudar, o primeiro passo para “escolher” um(a) orientador(a) é olhar o currículo dos(as) professores(as) para saber as pesquisas que foram ou estão sendo feitas.Uma outra forma é entrar em contato com os colegas da faculdade que já estão sendo orientados por algum(a) professor(a): eles podem fornecer dicas importantes sobre o perfil do(a) orientador(a) a ser escolhido. 

Se você sabe o tema e já conseguiu decidir por um orientador para desenvolver seu TCC, Iniciação Científica, Mestrado ou Doutorado, perfeito! Tudo está sob controle… será? 

Visto que a orientação possui papel fundamental na vida acadêmica em geral, muitos de vocês, caros leitores, já devem ter ouvido falar sobre a relação de amor e ódio entre orientando(a) e orientador(a). Afinal, além de ser uma relação que pode ser mais ou menos rígida, esta muitas vezes acaba se tornando a principal durante algum tempo da sua graduação ou pós-graduação. Por isso, entenda que, encontrá-lo(la), às vezes, pode ser muito difícil, seja por existirem cobranças e questões burocráticas a serem seguidas, discordarem em alguns pontos da pesquisa, pela falta de disponibilidade e de tempo dos(as) orientadores(as), dificuldades na administração do tempo para desenvolver a pesquisa, entre outros.

Por outro lado, o(a) professor(a) que nos acompanha é responsável por oferecer condições para um bom desempenho intelectual, ajudar a ver as possibilidades e transmitir entusiasmo quando tudo parece difícil.

Dada a falta de clareza nas diretrizes que indicam as funções, deveres e direitos de orientadores e orientandos, Martins (1999, p. 58) considera que, “[…] cada orientador acaba desempenhando suas funções à sua maneira, como lhe convém, guiando-se por experiências passadas ou por justificativas carregadas de juízos de valor […]”.

Nas palavras de Ferreira, Furtado e Silveira (2009, p. 171):
Complexa, diversificada e por vezes difícil de ser definida, a relação orientador-orientando é não apenas extremamente importante para o desempenho…, mas absolutamente fundamental enquanto parte integrante do processo. Passando por uma gama de pré-condições, da competência à empatia, ela se prende boa parte do sucesso ou insucesso …. Humildade profissional, disposição e compreensão mútuas perpassam a relação.

Podemos observar, portanto, que a função de orientar ainda não está bem delineada e, por vezes, acrescentar outras vozes e experiências é de grande valia na formação dos alunos. É, nesse contexto, que podemos pensar sobre a importância e o papel dos coautores: vamos falar sobre esse assunto na nossa próxima matéria.

Quer conhecer as outras matérias da Série Vida Acadêmica? Clique aqui.

Mapa criado pela autora.

Referências

FERREIRA, L. M.; FURTADO, F.; SILVEIRA, T. S. Relação Orientador-Orientando: o conhecimento multiplicador. Acta Cirúrgica Brasileira, v. 24, n. 3, p. 170-172, 2009. Disponível em: http://www.scielo. br/scielo.php?pid=S0102-86502009000300001&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 02 ago. 2019.
MARTINS, R. A Pós-Graduação no Brasil: situação e perspectivasSociedade e Estado, v. 14, n. 2, p. 273-297, 1999.
PÓS-GRADUANDO.  8 dicas para quem está começando (ou não) a pós-graduação. 2018. Disponível em: https://posgraduando.com/dicas-comecando-pos-graduacao/. Acesso em: 5 ago. 2019.
PÓS-GRADUANDO.  E quando a única solução é mudar de orientador? 2015. Disponível em: https://posgraduando.com/e-quando-a-unica-solucao-e-mudar-de-orientador/. Acesso em: 5 ago. 2019.

Autora: Tâmara Lindau: Fonoaudióloga e Mestra em Fonoaudiologia – UNESP/Marília; Doutora em Psicologia – UFSCar/São Carlos; Graduanda em Psicologia – UNIMAR/Marília


Publicado por em 6 de dezembro de 2019 | 938

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