Suposto caso de campanha enganosa e abusiva é julgada pelos alunos do curso de Publicidade e Propaganda

Os alunos do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade de Marília (Unimar) realizaram o Júri Simulado para debater sobre campanha enganosa e abusiva. O “case” utilizado foi o comercial de uma editora especializada em publicar informações sobre finanças e economia, veiculado nas redes sociais no primeiro semestre.

Acadêmicos participam do Juri Simulado

A atividade foi preparada pela docente Maria Alice Campagnoli Otre. Segundo ela, a metodologia foi aplicada ao acadêmicos do segundo ano durante a disciplina de ética, que é tradicionalmente teórica. “Temos várias possibilidades de trabalhar o tema no formato convencional, mas decidi dinamizar a aula. Apresentei a eles os conceitos sobre as leis que regem as propagandas, com a proposta de julgar o caso como se estivessem em audiência do CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária)”, explica.

Ainda segundo a docente Maria Alice, os acadêmicos foram divididos em duas turmas, a de defesa e acusação, e durante o semestre pesquisaram leis e juntaram provas, encerrando com a audiência. “Estudamos e discutimos a propaganda da empresa Empiricus e a sua personagem Betina, que se tornou um meme nas redes. Desta forma, os alunos leram e pesquisaram três vezes mais do que se fosse em uma aula tradicional. Eles aprenderam a debater e formar argumentos críticos com embasamento. Os alunos se envolveram mais com o conteúdo e obtiveram maior aprendizagem”, ressalta.

Estagiários do curso de Direito apoiaram a ação

Os alunos aprovaram a metodologia. Para a Bianca Miranda, que fazia parte do grupo de acusação, o exercício foi essencial para o aprendizado sobre o tema. “A proposta nos estimulou a pesquisar e entender a todas as leis, porque precisávamos estar cientes para formalizar a acusação. O júri simulado foi dinâmico e transformou nossa aprendizagem em uma ação divertida e eficiente, porque a matéria é difícil e eu consegui aprender muito desta maneira”, conta.

A Júlia Mereghe Cordeiro integrou a equipe de defesa. Para ela, se a disciplina fosse apresentada da forma tradicional não teria sido tão fácil aprender, como aconteceu. “Eu não teria absorvido o mesmo conhecimento se a matéria tivesse sido apresentada de forma apenas teórica. Neste formato, aprendemos de forma mais agradável, conseguindo assimilar todo o conteúdo e conseguindo colocar em prática no dia do exercício”, revela. 

O caso foi julgado pelos acadêmicos do 3º ano de Publicidade e Propaganda. Eles escolheram que o grupo de defesa melhor apresentou os argumentos e absolveu a réu.


Publicado por em 23 de julho de 2019 | 239

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